Estudo de vibrações na Manutenção Preditiva (2º PARTE).
- Alexandre Gomes
- 21 de jun. de 2021
- 3 min de leitura
1) Análise de vibrações
A análise de vibração em máquinas rotativas ganhou popularidade por se tratar de um ensaio não destrutivo. Estes são testes e análises realizados em máquinas industriais para identificar falhas, sem que a linha de produção precise ser parada — ou seja, enquanto o equipamento permanece em funcionamento.
Quando a vibração aumenta além dos níveis normais, pode haver um sinal de defeitos de alinhamento ou fontes de problemas que exijam respostas rápidas e práticas. Os sistemas e equipamentos de alinhamento de eixo a laser e de teste de vibração podem ajudar profissionais de manutenção que precisam realizar análise de vibrações com rapidez e avaliar o alinhamento para compreender a causa principal da condição do equipamento.

2) Teste de Estanqueidade
Os testes de estanqueidade industrial têm como objetivo garantir a segurança de funcionamento dos sistemas que operam com pressão, como equipamentos hidráulicos, pneumáticos, do setor automotivo e de eletrodomésticos.
Temos a Pressão sendo vista como uma Variável de Processo sendo usada largamente na Industria em vários formatos, sendo a mais usada atualmente.
Através da pressão é possível inferir uma série de outras variáveis de processo, tais como nível, volume, vazão e densidade.
A medição de pressão é ponto de interesse da ciência há muitos anos. No final do século XVI, o italiano Galileo Galilei (1564-1642) recebeu patente por um sistema de bomba d’água usada na irrigação (Curiosidade: em 1592, usando apenas um tubo de ensaio e uma bacia com água, Galileo montou o primeiro termômetro. Ele colocou um tubo com a boca para baixo, semi-submerso na água. Assim, quando o ar de dentro do tubo esfriava, o volume diminuía e subia um pouco de água dentro do cilindro de vidro. Quando o ar esquentava, o volume aumentava e a água era empurrada para fora. O nível da água, portanto, media a temperatura do ar.). O coração de sua bomba era um sistema de sucção que ele descobriu ter a capacidade de elevar a água no máximo 10 metros. A causa desse limite não foi descoberta por ele, o que motivou outros cientistas a estudarem esse fenômeno.
Em 1643, o físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) desenvolveu o barômetro. Com esse aparelho, avaliava a pressão atmosférica, ou seja, a força do ar sobre a superfície da terra. Ele fez uma experiência preenchendo um tudo de 1 metro com mercúrio, selado de um dos lados e mergulhado em uma cuba com mercúrio do outro. A coluna de mercúrio invariavelmente descia no tubo até cerca de 760 mm. Sem saber exatamente o porquê deste fenômeno, ele o atribuiu a uma força vinda da superfície terrestre. Torricelli concluiu também que o espaço deixado pelo mercúrio no começo do tudo não continha nada e o chamou de “vacuum” (vácuo).
Cinco anos mais tarde, o francês Blaise Pascal usou o barômetro para mostrar que no alto das montanhas a pressão do ar era menor.
Em 1650, o físico alemão Otto Von Guericke desenvolveu a primeira bomba de ar eficiente, com a qual Robert Boyle realizou experimentos sobre compressão e descompressão e depois de 200 anos, o físico e químico francês, Joseph Louis Gay-Lussac, verificou que a pressão de um gás confinado a um volume constante é proporcional à sua temperatura.
Em 1849, Eugene Bourdon recebeu patente pelo Tubo de Bourdon, utilizado até hoje em medições de pressões relativas. Em 1893, E.H. Amagat utilizou o pistão de peso morto em medições de pressão.
Tanta História e conhecimento nos trazem aos dias de hoje e a imensidão de equipamentos e fabricantes, mas sempre entendendo que o diferencial do conhecimento está no profissional que está na linha de frente da manutenção. (Manômetros utilizados em testes de Pressão e Vazão Simultânea)

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